NOVANET

Vida Plena

Gordices da KÁ

Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens

19 janeiro 2025

História: Vídeo relata sobre Juvêncio Pereira - o terror da Serra dos Tapes

 O Canal no youtube "A Tocaia" traz um vídeo sobre a história de Juvêncio Pereira, um bandoleiro que teria amedrontado municípios da Serra dos Tapes e cometido alguns de seus crimes no município de Canguçu, de onde seria natural, na época, já que o local onde teria nascido hoje pertence ao município de Cerrito.

O vídeo é baseado na pesquisa do professor Joaquim Dias e publicada no seu blog pessoal. Para acessar o texto, CLIQUE AQUI

Segundo a pesquisa, Juvêncio Pereira nasceu por volta de 1851 ou 1852 e desde a mais tenra juventude já era conhecido por suas contravenções. Consta que desertou da Guarda Nacional em 1873 e se ocultou durante certo tempo no interior de Canguçu em razão disso.

Célebre, Celebérrimo, famigerado, facínora, lendário, inditoso, façanhudo, terror, celerado – eis alguns dos adjetivos que pululavam em jornais de Pelotas, Rio Grande, Jaguarão, Bagé, Porto Alegre, e até mesmo na capital do império, o Rio de Janeiro, quando na década de 1880 ia se noticiar as bandidagens de Cândido Juvêncio Pereira, ou simplesmente Juvêncio Pereira, como era mais conhecido.
A entrada de Juvêncio Pereira na notoriedade pública muito além do pequeno mundo da freguesia do Cerrito se deu em 08 de Junho de 1880, quando assassinou Luiz Manoel Guerreiro, de 24 anos, após ter ido a casa deste na localidade do Tatu cobrar uma suposta dívida por causa de uma carreira de cavalos perdida. A partir de então, a clandestinidade passou a ser sua marca e se tornou um típico bandoleiro – acoitado, nômade, ladrão, assassino. Aterrorizou o interior de Canguçu, Piratini e Pelotas, sendo caçado por diversas patrulhas, envolvendo-se em fugas espetaculares, tiroteios e mortes.
                No inverno de 1882, foi preso pela primeira vez pela polícia de Canguçu numa escaramuça com a polícia nas imediações da Coxilha das Três Pedras. Preso, foi julgado logo em seguida e condenado às galés perpétuas (trabalhos forçados) pelo juiz da comarca daquele município. A prisão foi uma mera trivialidade na trajetória de Juvêncio Pereira. Aproveitando-se da precariedade da cadeia, Juvêncio organizou a própria fuga e a dos demais presos na noite do dia 15 de Setembro de 1882. Todos escaparam para pavor dos moradores.

Assista o vídeo abaixo sobre estes fatos e saiba mais sobre esta história:


01 janeiro 2023

Por que celebramos o Ano Novo no dia 1º de janeiro?

Foi o romano Júlio César quem decidiu que o ano começaria em 1º de janeiro. Esse calendário tinha alguns problemas e, por isto, em 1582 passou a ser adotado o atual calendário, em que o ano tem um dia a mais a cada 4 anos (é o ano bissexto).


11 outubro 2021

E o "Tavinho" tá de gaita nova!!!

Acompanhando a rede social Facebook notamos esta história muito legal. Proporcionada pelo radialista Ubiratan Rodrigues, da rádio Liberdade AM, através de uma doação a situação do jovem "Tavinho" Cunha ganhou um desfecho alegre. 
Ele gosta de fazer um som com uma gaita. Mas daí, a gaita emprestada, teve que ser devolvida ao dono e o rapa ficou entristecido. Porém, após o contato com Ubiratan seu genro, Alexandre Pacheco, fez a doação do instrumento ao jovem. Confira:


31 dezembro 2020

ANTIGA USINA DE CANGUÇU!

Há 87 anos Canguçu recebia luz elétrica.

Em 31 de dezembro de 1933 foi inaugurada a luz elétrica em Canguçu e sobre o assunto a Revista dos 200 anos de Canguçu, na sua página 79, traz detalhes transcritos do jornal Diário Liberal de Pelotas, datado de 3 de janeiro de 1934.

Diz a matéria que para o evento veio uma caravana da cidade de Pelotas presidida pelo Coronel Augusto de Assunção como representante do General Flores da Cunha e que, após banquete e homenagens, foi cortada a fita inaugural da tão sonhada Usina pelo Coronel Joaquim Assunção. O Prefeito na época, Conrado Ernani Bento, feliz e cheio de orgulho, ligava a chave geral trazendo a tão sonhada “Luz Elétrica” à Canguçu.

Ainda está registrado na mesma Revista o valor da instalação da luz elétrica, com um custo à municipalidade de 200 contos de réis, tendo seu motor funcionado cerca de 20 anos sem apresentar grandes problemas.

Sabe-se que prestaram seus serviços a Usina Municipal Antônio Casarin, João Escursione, Fritz Mirch, José Gonzales e Albério Rick, entre outros. Esta era a famosa luz que desligava a meia noite, mas esta já é outra história…

Créditos da Imagem: Arquivo fotográfico do Museu Municipal Capitão Henrique José Barbosa

03 junho 2020

O que é Fascismo?

Apresentamos neste texto o que vem a ser “fascismo”; termo amplamente utilizado. A proposta é apresentar (esclarecer) suas características mais marcantes. Para isso, nos reportamos também à sua experiência mais conhecida: a italiana.


Características

De forma bem objetiva, o fascismo é um regime totalitário onde o Estado é absoluto e seu líder idolatrado, de mão pesada aos “costumes nefastos” e aos inimigos. Nele há uma supervalorização do nacionalismo, sendo o imigrante visto, quase sempre, como intruso e indesejável, sobretudo se sua origem for pobre. Este é acusado de roubar o lugar dos cidadãos naturais.

Há nesse regime uma ênfase ao militarismo, ao culto às armas, uma obsessão com a segurança nacional e a valorização e exaltação do heroísmo; quase sempre representado na figura de seu líder.

Diferente de regimes autoritários, onde os cidadãos devem ser apáticos, nos regimes totalitários, como no fascismo, a população é instigada a dar demonstração de amor ao país e exaltação ao líder, revelando de forma clara seu apoio; por isso é muito comum as demonstrações públicas em datas comemorativas.

É também marca do fascismo o preconceito e o racismo. Como destacou Carone (2002), “a discriminação enquanto comportamento político fascista estaria muito mais na dependência da psicologia do discriminador do que das características dos alvos da discriminação” (p.196).

Observar-se no Fascismo um desprezo aos direitos humanos e um apreço pelo uso da violência contra tudo o que é compreendido como “desordem social”. Historicamente, regimes com características fascistas manifestam desprezo por intelectuais e artistas, se opondo a qualquer tipo de educação que questione os interesses do governo e/ou Estado.

De acordo com Carone (2002), em governos de caráter fascistas, observa-se um planejamento cínico por parte dos líderes pela racionalização da violência como mecanismo de defesa.

Outras características marcantes do fascismo são o desejo de controlar e censurar a mídia e as opiniões divergentes, o totalitarismo e o uso de preceitos morais e religiosos como forma de manipulação; como no caso do Fascismo Italiano de Mussolini.

No fascismo o líder se coloca como contrarrevolucionário, defensor dos “bons costumes perdidos”, sendo oposição ao governo, acusando-o de diversos males. Trata-se de um regime reacionário caracterizado como “extrema-direita”.

Citando a experiência italiana, Rollemberg (2017, p.368) atesta que o fascismo foi marcado pela oposição “aos projetos tradicionais da esquerda, tais como as liberdades individuais, os direitos humanos, o devido processo legal e a paz internacional”.

A propaganda marcada por mentiras é uma característica do fascismo. “Um discurso calculado racionalmente para provocar efeitos irracionais são próprias da propaganda fascista em qualquer parte do mundo” CARONE, 2002, p. 2004). O objetivo desse tipo de governo é manipular as massas em prol de seus mais perversos objetivos.

HISTÓRIA
Para tornar mais claro o conceito de Fascismo, apresentamos um breve cenário de desenvolvimento do Fascismo na Itália.

A implantação do Fascismo na Itália, em 1922, deu-se partir da oposição consciente de parlamentares ao governo, levando o país à crise política a fim de legitimar a necessidade de uma intervenção mais rigorosa, uma ditadura. O discurso do “país afundado em crise e em corrupção” foi usado para que a população aceitasse um líder antidemocrático. Dito isto, à luz da História o Fascismo surge de parlamentares que não ajudavam no desenvolvimento do país, antes marcando oposição e atuando na lógica “quanto pior melhor” para, posteriormente, se apresentarem como a solução de todos os problemas nacionais (MOURA, 2002).

Quando o fascismo chegou ao poder não havia uma doutrina definida, apenas elementos pontuais e fragmentados que o constituía. Apenas quando se consolida no poder, o fascismo se fortalece e suas ações tornam-se mais claras, perversas e regulamentadas em leis nacionais ou simplesmente por meio de atos ditatoriais. O líder fascista se apresenta como oposição ao marxismo e/ou ao liberalismo em nome de um nacionalismo exacerbado. “Ela se inscrevia, ao mesmo tempo, em uma tradição nacional, contestadora da ordem social estabelecida” (ROLLEMBERG, 2017).

À guisa de conclusão

Conceituar fascismo não é uma tarefa fácil, mas diversas características são fáceis de serem observadas quando o observador as conhece. Comumente, pessoas acabam apoiando a implantação de governos fascistas sem se dar conta. Quando percebem, é tarde. Assim nos mostra a História.

Autoria
BODART, Cristiano das Neves. Para entender de uma vez o que é fascismo. Blog Café com Sociologia. 2018. (acesse aqui)


Referências

CARONE, Iray. Fascismo on the air estudos frankfurtianos sobre o agitador fascista. Lua Nova. nº55-56, 2002.

MOURA, G. de Almeida. O fascismo italiano e o Estado Novo Brasileiro. Rio de Janeiro: Ed. Ridengo Castigat Mores. 2002.

ROLLEMBERG, Denise.Revoluções de direita na Europa do entre-guerras: o fascismo e o nazismo. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 30, no 61, p. 355-378, maio-agosto, 2017.

04 outubro 2015

Há 50 anos, país passava a ter só 2 partidos

Se Juscelino Kubitschek não tivesse embarcado num Boeing 707 da Air France rumo ao Rio de Janeiro na noite de 4 de outubro de 1965, talvez o maior partido do Brasil de hoje não se chamasse PMDB. Para entender a relação entre dois fatos aparentemente tão incongruentes, é preciso conhecer uma história que neste mês completa 50 anos: a do Ato Institucional nº 2, que extinguiu os antigos partidos políticos brasileiros, substituindo-os por apenas dois: a Arena e o MDB.

No primeiro ano após o golpe de 1964, o governo do marechal Castello Branco se esforçava para manter uma fachada de democracia. Os partidos continuavam a existir — os três principais eram o Partido Social Democrático (PSD), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O Congresso continuava aberto, apesar das cassações de políticos, e havia até jornais de oposição ao governo, como a Última Hora e o Correio da Manhã. A eleição presidencial direta prevista para 1965 fora adiada para 1966, mas se mantiveram os pleitos para 11 dos 22 governos estaduais (na época, os calendários eleitorais dos estados não coincidiam).

As duas principais unidades da Federação em jogo na eleição eram Minas Gerais e Guanabara, governadas, respectivamente, por Magalhães Pinto e Carlos Lacerda, os dois maiores líderes civis do golpe e pré-candidatos da UDN à Presidência. A vitória de seus candidatos (Roberto Rezende, em Minas, e Carlos Flexa Ribeiro, na Guanabara) era vista como crucial para a “obra revolucionária”.

Aí entra Juscelino na história. Cassado em 1964, o ex-presidente estava vivendo em Paris, num exílio voluntário. À distância, JK indicou os candidatos do PSD em Minas e na Guanabara: em Minas, o empresário Sebastião Paes de Almeida, seu ex-ministro da Fazenda; na Guanabara, o marechal Henrique Teixeira Lott, líder da “esquerda” nas Forças Armadas e ex-candidato de Juscelino à Presidência em 1960 (derrotado por Jânio Quadros).

Temendo a vitória dos candidatos de JK, o regime agiu para inviabilizá-los. Pressionou o Tribunal Superior Eleitoral a impugnar as duas candidaturas — a de Paes de Almeida, sob pretexto de abuso de poder econômico numa eleição anterior, para a Câmara; e a de Lott, sob o argumento de que seu domicílio eleitoral era Teresópolis, no estado do Rio, ou seja, fora do território da Guanabara.

Carreata

Com a impugnação de Paes de Almeida e Lott no TSE, JK lançou mão de outras candidaturas que tinha na manga, dois velhos aliados: Israel Pinheiro, em Minas Gerais, e Negrão de Lima, na Guanabara. Sem argumentos para impugná-los, o regime teve que assistir, humilhado, à vitória de ambos, por ampla margem.

— Então Juscelino (erradamente, eu acho) pegou o primeiro avião em Paris e veio ao Brasil para comemorar — conta o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília (leia entrevista ao lado). Foi recebido com festa no desembarque no Galeão e levado em carreata até a zona sul, onde a multidão o carregou nos ombros.

— Isso enfureceu a linha dura dos militares — lembra Fleischer.

A ala do governo que defendia um endurecimento do regime não engoliu o gesto de JK, interpretado como provocação. Cogitou-se impedir a posse de Israel e Negrão. Mas Castello Branco aferrou-se à promessa de empossar os eleitos, quem quer que fossem.

Os afilhados de JK tomaram posse, mas o preço foi alto. Em troca, Castello cedeu à linha dura e aceitou o fechamento do regime. Dez dias após as eleições, enviou ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição que dava mais poderes ao Executivo (leia texto ao lado). Ao ver que o Parlamento não aprovaria a PEC, o governo a trocou pelo segundo ato institucional, em 27 de outubro de 1965, três semanas depois da derrota eleitoral. O AI-2, como foi chamado — o primeiro ato institucional não era numerado, porque se imaginava que seria o único —, extinguia todos os partidos políticos e cancelava de vez a eleição presidencial de 1966.

Para formar novas agremiações, o AI-2 exigia reunir pelo menos 120 deputados e 20 senadores. Como na época o Senado tinha 66 membros (eram 22 os estados), matematicamente poderiam existir três partidos. Mas desde o início a ideia era que fossem apenas dois: um reunindo o bloco parlamentar de apoio ao governo e outro com o que restasse de “oposição consentida” à ditadura.

Os novos partidos não se formaram de imediato. Na Aliança Renovadora Nacional (Arena), o processo foi mais rápido. Quase toda a UDN, a maior parte do PSD e até alguns petebistas (sobretudo de Minas Gerais) migraram para o partido governista. O bipartidarismo forçado deu origem a brigas políticas em vários estados. Caciques do PSD e da UDN, ferrenhos adversários, foram obrigados a conviver no espaço do mesmo partido.

Costela do regime

Outro problema foi juntar 20 senadores e 120 deputados corajosos o bastante para formar um partido de oposição. A muito custo conseguiram-se reunir 151 deputados e 22 senadores para a obtenção do registro no TSE. O nome inicial de Ação Democrática Brasileira (ADB) foi rapidamente alterado para Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Só em 24 de março de 1966 o TSE concederia o registro aos dois novos partidos.

Nascido de uma costela do regime a que deveria se opor, o MDB custou a conquistar credibilidade. O eleitorado contrário à ditadura não enxergava nele um legítimo partido de oposição. Esmagado pela Arena nas eleições de 1966 e 1970, o MDB quase desapareceu. Foi salvo em 1974, quando o fim do “milagre econômico” levou a um voto de protesto que deu à oposição a vitória em 16 dos 22 estados nas eleições para o Senado.

Arena e MDB existiriam até dezembro de 1979, quando uma nova reforma partidária — esta, ironicamente, para dividir o MDB — reintroduziu o multipartidarismo no Brasil. O MDB acrescentou ao nome o P de partido, como exigia a nova lei, e, 50 anos depois do AI-2, é hoje a legenda de maior representação parlamentar no Brasil. Uma história que começou na sala de embarque do aeroporto de Paris.

Congresso fez gesto de resistência contra arbítrio do AI-2
Uma pasta com folhas amareladas em bom estado de conservação, no acervo do Arquivo do Senado, testemunha um dos últimos esforços do Congresso para conter a escalada autoritária do regime, nos dias que antecederam a imposição do segundo ato institucional (AI). A pasta guarda os documentos da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 5/1965, que, com algumas alterações e sem ser votada pelo Parlamento, seria o embrião do AI-2.

Após a derrota da UDN nas urnas, a situação política deteriorou-se rapidamente. “Parte considerável das Forças Armadas perde a confiança na eficácia dos meios legais para conduzir a revolução aos seus objetivos”, noticiou em linguagem hermética o Jornal do Brasil em 8 de outubro de 1965. Traduzindo: a linha dura queria a ditadura. O próprio Castello Branco estava sob a ameaça de um “golpe dentro do golpe”.

O fosso entre os líderes militares e civis de 1964 se aprofundou. O resultado das eleições em Minas e na Guanabara suscitava a possibilidade de uma vitória da oposição no pleito presidencial marcado para 1966, mesmo com Juscelino cassado e impedido de se candidatar. Carlos Lacerda pôs lenha na fogueira ao dizer que “a revolução acabou”. Milton Campos, ministro da Justiça de Castello Branco, pediu demissão — mais um sinal de que se tornava insustentável a situação dos defensores da legalidade.

Castello informou ao senador Filinto Müller (PSD-MT) que pediria a aprovação de medidas de exceção. Elas se traduziram na PEC 5/1965, enviada ao Congresso em 13 de outubro.

A votação da PEC foi marcada para o dia 26. Substitutivos apresentados por parlamentares, sobretudo do PSD (partido de Juscelino), tentavam edulcorar algumas das medidas mais duras. O senador Josaphat Marinho (sem partido-BA) tentou manter a prerrogativa do Judiciário de rever cassações de governadores e prefeitos. Na pasta ­conservada no Arquivo do Senado, acumulam-se as assinaturas apressadas de parlamentares, em folhas de papel almaço.

No dia marcado para a votação, o governo não contava com o número de votos necessário para aprovar a PEC. Sabia-se que, não sendo atendido, Castello editaria um ato institucional. A discussão em sessão conjunta começou às 21h, com as galerias lotadas. Um dos senadores mais combativos da época, Arthur Virgílio (PTB-AM) — pai do ex-senador e atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto —, alertou:

— Um Congresso sem autonomia, que amanhã poderá estar sob um outro ato institucional e ter vários de seus membros cassados, este Congresso é que não se agacha? Este Congresso que tem cedido tudo sob pressão. Que nos fechem hoje, mas com o povo que nos assiste ao nosso lado; e não nos fechem amanhã, senhor presidente, ingloriamente, com o aplauso do povo brasileiro, como aconteceu em 1937, na implantação do Estado Novo.

Para evitar a derrota, o governo passou a fazer obstrução. A sessão se estendeu até as 4h50, na madrugada, quando já não havia número regimental.

Foi convocada uma sessão ­ordinária para as 14h30 do mesmo dia. Ao ser aberta, porém, já não havia PEC a ser votada. Às 11h15, no Palácio do Planalto, o ministro Luís Viana Filho, da Casa Civil, iniciou a leitura do ato, que Castelo assinaria 15 minutos depois. O Congresso só voltaria a funcionar em 3 de novembro. Arena e MDB ainda não existiam, mas UDN, PSD e PTB já eram coisa do passado.

O AI-2 não se limitou a extinguir os partidos pré-65. Em seus 33 artigos, removia uma série de dispositivos da Constituição de 1946 que ainda preservavam um arremedo de democracia. O ato reduziu os poderes do Parlamento, ao implantar o “decurso de prazo” para as emendas à Constituição apresentadas pelo presidente da República. Se uma emenda não fosse apreciada em 45 dias pela Câmara e em outros tantos pelo Senado, estava automaticamente aprovada. O número de ministros do Supremo Tribunal Federal aumentou de 11 para 16, o que permitiu compor uma maioria de juízes alinhada com o regime.

Na definição da historiadora Emília Viotti da Costa, “o AI-2 institucionalizava o arbítrio sob a fachada de legalidade”. Era mais um passo na direção do fechamento do regime, que culminaria no AI-5, em 1968.

Castello queria implantar voto distrital, diz cientista político
David Fleischer, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), contou ao Arquivo S detalhes hoje quase esquecidos daquele período e que ajudam a entender as sutilezas da política da época — por exemplo, por que não se adotou o voto distrital no Brasil com o bipartidarismo imposto pelo AI-2. Outros trechos da entrevista podem ser vistos num vídeo do Portal do Senado.

Na época, houve quem afirmasse que não havia muito a lamentar, porque os partidos tradicionais já não tinham credibilidade. O senhor ­concorda?

Mais ou menos. Antonio Lavareda [cientista político] fez sua pesquisa de doutorado usando dados dos acervos empoeirados do Ibope, no Rio de Janeiro, de pesquisas de opinião do final dos anos 50 e do início dos 60 mostrando que grande parte do eleitorado tinha afinidade com o PTB e outra parte com a UDN e o PSD. Mostrou que o eleitorado tinha certo vínculo com esses três partidos. Após a intervenção militar e o ato institucional, com as cassações e o que aconteceu em 64 e no início de 65, o sistema partidário entrou um pouco em descrédito. Mas dizer, no geral, que todo o sistema partidário estava desacreditado, não foi bem assim, não.

É verdade que antes do bipartidarismo já havia dois grandes blocos no Congresso, precursores da Arena e do MDB?

Sim. Desde o fim dos anos 50 e o início dos anos 60, havia dois blocos suprapartidários dentro do Congresso, principalmente na Câmara dos Deputados: a ADP, Ação Democrática Parlamentar, mais à direita, e a Frente Parlamentar Nacionalista, mais à esquerda, que tinha mais deputados. Esses dois blocos eram mais ou menos uma prévia do que seriam a Arena e o MDB. Claro que as duas frentes sofreram muitas cassações, já com o primeiro ato institucional, principalmente na Frente Parlamentar Nacionalista. Do que sobrou, a maior parte foi para o MDB. Da ADP, quase 100% foram para a Arena. Então o Brasil já era um sistema mais ou menos bipartidário, com esses dois blocos.

Houve uma tentativa de criar um terceiro partido, além de Arena e MDB?

Sim. Pedro Aleixo [político mineiro, vice-presidente entre 1967 e 1969] tentou duas vezes criar o PDR [Partido Democrático Republicano]. Mas ele não conseguiu alcançar o número mínimo de assinaturas para criar esse terceiro partido. O próprio governo militar passou a sentir certo desconforto com o sistema bipartidário, porque percebeu que isso tirava muito o espaço de manobra, que esses dois partidos eram como camisas de força. Quando o MDB cresceu, tornando-se um partido de massa, nas eleições de 74 e principalmente nas de 78, o governo achou que implantar um multipartidarismo moderado facilitaria  manobras e manipulações.

Por que não se adotou o voto distrital, junto com o ­bipartidarismo?

Esse é um lance que pouca gente sabe. Castello Branco lia a língua francesa muito bem. E já tinha lido os livros de Maurice Duverger, um cientista político que escreveu sobre partidos e formulou a chamada Lei de Duverger: quando você tem dois partidos, o sistema eleitoral deve ser majoritário distrital uninominal; se houver mais partidos, o sistema será proporcional. Castello entendeu muito bem essa “lei”. Então chamou o TSE para “distritalizar” o Brasil e desenhar um mapa com distritos. Ele estava pronto para assinar um ato complementar e implantar esse sistema no Brasil. Mas aí chegaram os ex-udenistas, que já estavam na Arena, dizendo “não assine isso, pelo amor de Deus, porque os ex-PSD, nossos inimigos históricos, que estão na Arena, são muito mais bem situados no interior e vão ganhar em mais distritos do que nós, da UDN”. Castelo tinha certa simpatia para com os udenistas. Segurou a caneta e não assinou. Até 1978, nós tivemos um sistema inusitado, de bipartidarismo com representação proporcional. Só em 1982 temos eleições com um sistema multipartidário.

05 setembro 2015

Dona Helô reencontra parentes em Canguçu

Entrevista na Rádio Liberdade AM.

Mais de sessenta anos após deixar Canguçu Iloiva Mendes, 66 anos, ou simplesmente dona Helô - como é carinhosamente chamada pelos amigos - retornou ao município para reencontrar parentes que há muito não via e alguns nem conhecia. Atualmente ela reside em Ribeirão Preto (SP) onde é chefe de cozinha.
Dona Helô partiu de Canguçu aos 06 anos de idade e perdeu completamente o contato com a sua família. Com a morte da mãe, Marina Matos, ela foi levada por uma família para longe do município e perdeu contato com o pai Gumercindo Mendes e todos os familiares desde então. Mas o desejo de reencontrar a família nunca sumiu de seu íntimo. Nos últimos tempos ela começou a juntar suas economias para realizar o sonho de ver novamente aqueles que um dia ficaram em Canguçu. Em uma conversa com amigos, um destes Ronaldo Sordi Campanini descobriu que a viagem já estava prestes a acontecer. Para colaborar com a amiga Ronaldo buscou contato com a Loja Maçônica José Bonifácio nº55 de Canguçu para acolhê-la e ajudar nas buscas. Tarefa que foi prontamente aceita.
Iloiva chegou a Canguçu dia 01 de Setembro de 2015 acompanhada da amiga e fiel companheira advogada e assistente social Rita de Cássia Bocchi Duarte que acompanhou Helô durante toda a busca pela família até Canguçu. Elas se conhecem há mais de 23 anos. "Ela falou para mim Vamos? Eu disse vamos", fala. Rita destaca a atenção que teve durante todo o percurso até chegar ao encontro dos familiares.  Rita destaca ajuda no cartório local, da funcionária Diná, que não mediu esforços para ajudar.
Rita, Augusto Pinz e Dona Helô. Foto: Renata Cardoso/Especial

O começo das informações em Canguçu passou pelo cartório no dia 02 de setembro. Após conseguir os nomes dos familiares entrou em contato com o editor do site Canguçu em Foco radialista Augusto Pinz. "Ao saber que os parentes eram moradores da Armada - 5º distrito, lembrei que o vereador Arion Braga (PP) tem amplo conhecimento na localidade e buscamos contato com ele para nos auxiliar", revela Augusto. E o contato rendeu frutos. No mesmo dia o vereador já levou dona Helô até familiares dela, uma sobrinha, que reside na cidade e agendou a viagem até a Armada, na zona rural, para a manhã seguinte.
Lá chegando encontrou sobrinhos e sua cunhada. "Fiquei muito emocionada. Até passei mal. Para mim foi um orgulho muito grande, me acolheram com um carinho muito grande. Estou muito feliz", revela Helô.
A felicidade não cabe na Canguçuense que carrega um sorriso doce e encantador. Ela revela que em breve um encontro entre os familiares dela que residem em São Paulo e os gaúchos de Canguçu deve acontecer na Armada. Iloiva tem dois filhos e dois netos.
Com parentes também em Pelotas os encontros devem continuar nos próximos dias e Iloiva Mendes pretende retornar a Ribeirão Preto no dia 10 de setembro levando no coração as boas lembranças do período. Mas promete voltar para alicerçar ainda mais os laços que agora foram reatados. "Há cinco dias não tinha noção e hoje ela tem um monte de sobrinhos, sobrinhos netos (...)" comenta a amiga Rita.
A advogada Rita destacou o acolhimento dos Canguçuenses. "As pessoas do Rio Grande do Sul são muito acolhedoras. Nós do Estado de São Paulo, não sei se pela violência, a gente é meio desconfiada com "pé atrás". Aqui as pessoas são muito solícitas e dispostas a ajudar", destaca. "O carinho, é muito bonito isso", lembra. "Muito obrigada, agradeço de coração tudo que fizeram pela Helô", finaliza. Rita, que considera dona Helô como uma irmã, se dedicou com papel muito importante neste encontro. 
Dona Helô reencontrou os parentes, em Canguçu, após 60 anos distante.
Fotos: Augusto Pinz/Canguçu em Foco.

Ouça áudio da entrevista de Iloiva Mendes para rádio Liberdade AM com repórter Ubiratan Rodrigues na manhã deste Sábado (05):

12 maio 2015

História: A NOITE DO BAMBU

Pessoas com mais idade em nosso município e pesquisadores podem lembrar da histórica "Noite do Bambu", em Canguçu. Na ocasião, ocorrido no penúltimo ano do longevo governo de Borges de Medeiros, é modelar como exemplo da intolerância política e da exacerbação de ânimos vigentes em alguns municípios rio-grandenses.

Terminada a guerra civil, nem assim cessou o clima de ódios e violências, pois ao adversário da situação era defeso alcançar o poder pela via democrática do sufrágio, em face da constituição estadual e da legislação eleitoral vigentes, propiciatórias de toda a espécie de fraudes e manipulações.
Na eleição estadual de 25 de novembro de 1922, além dos conhecidos expedientes de anulação de títulos eleitorais por pessoas inabilitadas para isso, duplicidade de cédulas, transferências de mesas, chegou-se ao ridículo de o intendente municipal efetuar a apuração do pleito no quarto do hotel em que se hospedara em Porto Alegre! E tão bem se houve o solitário escrutinador, que Borges de Medeiros, derrotado por 1.145 votos contra 1.356 dados a Assis Brasil, terminou vencedor com 958 votos contra 745 de seu oponente.
No 2º distrito de Canguçu, onde Borges de Medeiros obtivera apenas 3 votos contra 344 de seu adversário, a eleição foi anulada.
Mas, se estavam praticamente livres do “perigo eleitoral”, enquanto tolerados ou estimulados tais expedientes, os donos da situação política local não davam mostras de abrandar o clima de intimidação a que submetiam seus “incorrigíveis” adversários. Isso, logicamente, nos intervalos da luta pelo poder, travada entre seus próprios membros, divididos em facções dificilmente conciliáveis.

Embora todos protestassem fidelidade e apoio incondicionais a Borges de Medeiros, a correspondência deste comprova a extensão das intrigas no seio do Partido Republicano de Canguçu, que persistiu praticamente por todo o seu longo consulado.
Clube Harmonia. Foto: Augusto Pinz/Canguçu em Foco

Os fatos e suas versões
Com vistas às eleições legislativas federais de 24 de fevereiro de 1927, caravanas de políticos da Aliança Libertadora percorriam os municípios da zona sul do Estado, em trabalho de propaganda de seus candidatos.
No dia 13 daquele mês, eram aguardados em Canguçu o deputado federal Dr. Francisco Antunes Maciel Jr., Zeferino (Ferico) Costa e Djalma Mattos.
Os aliancistas locais organizaram, então, uma recepção na espaçosa residência de Alberto da Silva Tavares, um dos melhores prédios da vila, situado na General Osório, sua principal via pública, onde hoje se localiza o Clube Harmonia. À noite, com a presença de dezenas de correligionários, entre os quais muitas senhoras e senhoritas desenvolvia-se a recepção, quando, inopinadamente, a casa foi invadida, aos gritos, por soldados do 12º Corpo Auxiliar da Brigada Militar, que passaram a espancar os participantes.
A cena de violência prosseguiu pelas ruas da vila, com a perseguição e o espancamento de todos os que tentavam fugir, pois a casa fora cercada pelos “provisórios”.
Curiosamente, esses soldados ostentavam contra civis desarmados a bravura e o ânimo belicoso que, por certo, fizera-lhes falta há apenas dois meses, quando, no dia 10 de dezembro de 1926, na Coxilha do Fogo, interior do município, foram batidos e dispersados pela vanguarda de Zeca Neto, regressando à vila, quatro dias depois, sem cavalos e sem equipamento...(Ribeiro, 1953).
É de imaginar-se o escândalo e a indignação produzidos pela insólita atitude dos“provisórios”, ainda mais que não se acreditava tivesse tamanho atrevimento partido de simples praças comandados por dois oficiais subalternos.
A imprensa governista, enquanto isso, noticiava os acontecimentos segundo a sua ótica, procurando lançar a culpa e o ridículo. Algum tempo depois, avançando em suas investigações, o Dr. Maciel Moreira pedia afastamento do cargo...
Em Canguçu, enquanto isso, era voz corrente a premeditação do atentado por parte da cúpula local do Partido Republicano. Um dia antes, 12 de fevereiro, dois desses dirigentes foram vistos no Clube Harmonia comentando a “surpresa” que aguardava os aliancistas...
No próprio dia do atentado, um soldado “provisório”, aparentado com a família Barbosa, dirigira-se a essa residência e, lacônico, perguntara pelas moças da casa, advertindo que não as deixassem sair naquela noite. As jovens, Enedina e Esmeralda Barbosa, participaram da recepção em casa de Alberto da Silva Tavares e testemunharam os fatos relatados.
Alguns soldados do 12º Corpo Auxiliar hospedavam-se no Hotel Brasil, de propriedade de Domingos Caneo Telesca e, como estivessem com o soldo em atraso, viviam praticamente sustentados pelo referido cidadão. No dia do incidente, a esposa de um dos soldados pediu à esposa do hoteleiro que não o deixasse sair para a reunião dos oposicionistas. Domingos Caneo Telesca foi uma das vítimas do espancamento.
Os indícios, pois, apontavam na mesma direção, isto é, aquele palacete que fora vendido por um terço de seu custo, segundo o alemão Eduardo Wilhelmy, e que era, agora, a sede da Intendência Municipal...
A denúncia
Um ano depois, o Diário de Notícias, de Porto Alegre, sob o título “Ecos de uma Grave Ocorrência em Canguçu”, transcrevia a denúncia do Procurador da República contra os implicados no atentado, soldadesca arraia-miúda do 12º Corpo Auxiliar.
Não sabemos como findou o processo. As buscas efetuadas no Arquivo Público do Rio Grande do Sul resultaram, até agora, infrutíferas. O certo é que a cruz do infeliz município ficou um pouco mais pesada. Em 1928, ali chegava o jesuíta alemão, Pe. Francisco Xavier Diebels, para o seu apostolado
entre tão desassistida população. Um ano após o pronunciamento do Dr. Alceu Barbedo, Alberto da Silva Tavares, em cuja residência ocorreram os fatos narrados, deixava Canguçu, mudando-se para sua fazenda na República Oriental do Uruguai(Cacimbinhas, 1929: 18).
Hoje, a sinistra Noite do Bambu é lembrada quase que só por seus habitantes mais idosos. Até as touceiras dessa gramínea, que ornamentavam a antiga Praça Marechal Floriano e que forneceram a matéria-prima para a confecção dos cacetes brandidos pelos “provisórios”,desapareceram..

Informações extraídas do artigo escrito por CORALIO BRAGANÇA PARDO CABEDA.
Leia o artigo COMPLETO clicando AQUI

22 abril 2015

Canguçu na História: Sonho ou carnaval?

O Texto abaixo é uma reprodução do informativo da ACICAN (ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS DE CANGUÇU),  de autoria de Zuleica Reys Barbosa, que apresenta o que foi o carnaval de Canguçu na sua época de ouro, com grande animação e participação popular. Confira:


Vida que brota da alma, escondida o ano inteiro...
Vem à tona com tamanha euforia , com tanta intensidade
que parece não caber na forma que a encerra,
E ri... e canta... e dança...  e vive tudo de uma vez ,
para depois dormir mais um ano, sossegada e serena.
Se olhar assim, com olhos comuns, não se identifica esta alma intensa
Que dorme na quarta-feira para acordar no próximo carnaval.


            O carnaval de Canguçu, hoje se mostra muito diferente do que já foi no passado, pois já tivemos um carnaval empolgante, envolvente e alegre. Quem brincou o Carnaval no Salão do Harmonia até a final da década de 1990, sabe do que estou falando... O novo século chegou, cheio de vida e de novidades, porém, o século que se foi, levou com ele a magia do Carnaval Canguçuense,  restando a lembrança, este tesouro tão precioso, que me traz de volta momentos inesquecíveis.
Os foliões preparavam-se com esmero para os bailes de carnaval, mandavam confeccionar fantasias que iam do luxo a originalidade e colocavam seus blocos na rua e nos salões dos clubes Harmonia e Recreativo América, havendo entre estes grande integração e amistosa convivência. No decorrer da folia eram realizados cinco ou seis bailes: O Grito de carnaval, realizado no sábado anterior  as quatro noites  oficiais de carnaval e no sábado seguinte ainda havia, por vezes, o “Enterro dos ossos”. No “Grito” costumava-se ir  mascarado, sedo este baile uma preparação para a festa que viria... Que preparação! Que festa! 
Nas décadas de 80 e 90, blocos carnavalescos tradicionais faziam a festa com muita alegria, entre eles o Deixa Falar, o Saca-rolha, o Rebu, As Bruxas,  o Cordão do Amor,  O ET , Los Tarados, Os Bugres, Os Maconeiros,  e tantos outros; houve ano em que mais de 60 blocos animaram o Carnaval de  Salão no Harmonia. Em outros tempos foram responsáveis pela animação do carnaval  os blocos: O Cortiço, Jurubeba, Engov, Fantástico, entre outros e em tempos mais antigos ainda, constam em registros fotográficos: Bloco da Folia,  Índias Astecas, Bloco da Garrafa, Bloco dos Casais, Bloco Trio, Águias Brancas, Bloco Coração de Luto e Bloco Águias Brancas, este foi um dos mais antigos e famosos , do qual temos guardado no Museu Municipal seu estandarte. Entre os primeiros Bloco Carnavalescos de Canguçu estão “ Os Saltões” e  “Os filhos do Luar”.
E o carnaval de rua... Animado, cheio de mascarados, de homens vestidos de mulher;  tanta alegria trazida às ruas por pessoas como o querido tio Arlindo que, com sua simplicidade  e entusiasmo juvenil a frente do bloco dos bichos,  incentivava a todos para que  fizessem a festa. Havia também o bloco Unidos das Vila Isabel, comandado pelo Manuel, este também animava as ruas, porém, não tinha os bichos; por último não se pode esquecer o Bloco Unidos dos Uruguai, coordenado pelo Paulinho.
Igualmente inesquecível era o programa carnavalesco que ia ao ar, todas as noites, pela rádio Liberdade... Programa “Em tempo de Carnaval”, sob o comando do radialista Jesus Pereira, que animava a festa pelo rádio, realizava entrevistas com os foliões, relembrava antigas marchinhas de carnaval, além de frequentar as sedes de blocos carnavalescos para ao vivo transmitir seu programa.
No ano de 1982, Rei Momo, Salazar Ribeiro de Souza,  chegou a compor uma música para o Carnaval de Canguçu, que muito bem o definia:

Festa de um Rei

Carnaval em Canguçu
É festa pra todo povo,
Quem aqui vem uma vez
Voltará sempre de novo.

Tem Pierrô e Colombina
Desfilando no salão,
Tem Rei Momo e tem Rainha
Fazendo aquela animação.

(estribilho) Pula, pula, pula,
Que eu quero sambar
Pula, pula, pula
Que eu quero cantar.

A lua fez feriado 
E a noite escureceu, 
Vamos mostrar a esta gente
Que o carnaval não morreu.

A festa estava boa
E você apareceu,
Vamos pular agarradinhos,
Eu você, você eu.”

Tudo era muito lindo, muito alegre e os bailes do Harmonia abriam suas portas para os foliões de toda a região que literalmente invadiam o nosso carnaval, trazendo muita alegria e muita animação.
 


21 abril 2015

Morte de Tancredo Neves completa 30 anos

Eleito pelo Colégio Eleitoral com maioria de votos, o presidente Tancredo  Neves passou a ser a esperança de todos os brasileiros. Para vencer a disputa, O PMDB de Tancredo Neves, de Ulysses Guimarães e de tantas outras personalidades que lutaram contra o regime militar teve de se unir à chamada Frente Liberal, formada por dissidentes do PDS – partido de sustentação do governo militar.
No inicio de janeiro, o então deputado Ulysses Guimarães entregou a Tancredo o programa do partido, denominado de “Nova República”, que previa eleições diretas em todos os níveis, educação gratuita, congelamento de preços da cesta básica e dos transportes, entre outros.
Tancredo firmou com os brasileiros, que foram às ruas lutar pelas eleições diretas, o compromisso de virar a página da história do Brasil, colocando fim ao ciclo comandado pelos militares. Tancredo Neves conquistou os brasileiros de Norte a Sul e deu ao país perspectivas de uma pátria livre. Com a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, prometeu banir o chamado “entulho autoritário”.

Com esperança e ânimos redobrados, os brasileiros esperavam ansiosos a chegada do dia 15 de março de 1985, quando Tancredo Neves assumiria os destinos do Brasil e os militares voltariam para as casernas.

No dia 12 de março, a maioria da população ficou decepcionada com o anúncio do ministério, integrado por lideranças da antiga Arena e que haviam migrado para a Frente Liberal.

As esperanças começaram a diminuir com a doença de Tancredo Neves, internado 12 horas antes da posse em um hospital de Brasília, onde se submeteu a uma cirurgia. O problema de saúde do presidente eleito foi comunicado na véspera de sua posse. No dia 15 de março, no lugar de Tancredo assume interinamente a Presidência da República o vice-presidente eleito, José Sarney. 


Da noite de 14 de março até a noite de 21 de abril, brasileiros de todas as regiões, raças e credos oraram pela recuperação de Tancredo. As esperanças de tê-lo no comando do país acabaram na noite de 21 de abril, quando oficialmente foi anunciada sua morte. A tristeza e desesperança tomam conta do Brasil. Até o sepultamento, em 24 de abril, Tancredo recebeu homenagens de multidões de pessoas país afora.

Para o professor da Universidade de Brasília e cientista político Flávio Britto, Tancredo era a esperança. Segundo ele, sua morte acabou com o sonho de milhões de brasileiros que aguardavam as mudanças prometidas em campanha.

“Tancredo representava a efetiva esperança da redemocratização. Sua morte foi um momento de muita frustação e dor para o povo. A simbologia que ele passava era da verdadeira redemocratização. Todos acreditavam que o país iria entrar novamente nos trilhos.”

“Além de representar a esperança, Tancredo Neves tinha a aparência de uma pessoa muito próxima e simpática. Ele estava sempre sorridente, disposto a se aproximar das crianças. Era uma figura que passava confiança”, disse o professor Flávio Britto. 

“A notícia da morte dele foi muito impactante. Havia uma união de solidariedade pela recuperação do presidente eleito. Todos torciam pela recuperação dele. Tancredo Neves foi transformado em uma espécie de herói nacional”, acrescentou Flávio Britto.

20 novembro 2014

Centenário do Canguçuense Nico Duarte destaque no "Almanaque Gaúcho"

A Edição do jornal "Zero Hora" desta quinta-feira (20) na página 52 do tradicional "Almanaque Gaúcho" destaca a figura do Canguçuense Nico Duarte. Seu filho, Baltazar Duarte, mais conhecido como "Macota" compilou uma série de fotos e dados sobre a família e em especial sobre o aniversário de 100 anos de Antônio Florêncio Duarte, o Nico Duarte. Na data do centenário Nico, montado a cavalo, ainda laçou três reses para fazer o churrasco de diversos convidados.
Antônio Florêncio Duarte, o “Nico Duarte” foi um Canguçuense de prestígio no município atuando como Presidente da Câmara de Vereadores e Juiz de Paz, marcando seu nome na história e sendo homenageado, inclusive, com seu nome colocado em uma das Ruas do município no bairro Vila Nova.
Seu Nico reuniu toda sua família nas festividades de seus 100 anos, no dia 07 de novembro de 1952, quando mostrou que o tempo não fez com que perdesse seu gosto por estar rodeado de amigos, em sua fazenda, e nem pelas lidas campeiras. 
Na época a cidade era administrada pelo prefeito Conrado Ernani Bento que foi um dos convidados. A festividade contou com a presença de diversas outras autoridades e personalidades do município e ficou a cargo do Dr. Joaquim Aguiar, genro de Nico, o discurso em nome da família, ao lado do neto Almir.
A festa terminou como não poderia ser diferente, com um suculento churrasco aos presentes que dançaram a céu aberto.
Antônio Florência Duarte faleceu em 22 de setembro de 1954, dois anos depois das festividades de seu centenário, deixando as boas lembranças para amigos e familiares de um tempo que não volta mais, mas que foi muito bem vivido para amigos e familiares.
O texto foi produzido em parceria pelo jornalista Augusto Pinz e o radialista Ubiratan Rodrigues e encaminhado por seu "Macota" até o jornal ZH.




15 outubro 2014

15/10 - DIA DO(A) PROFESSOR(A)

O Dia do(a) Professor(a) é comemorado no Brasil em outubro, porque nesse mês, no ano de 1827, D. Pedro I propôs a criação das escolas primárias no país. No entanto, o documento se oficializou somente em 15 de outubro de 1933, e a data comemorativa só em 14/10/1963, com o decreto nº. 52.682.

A partir dessa data, o sistema educacional brasileiro sofreu muitas modificações, geradas pelas graves crises da nossa economia, pelos regimes políticos que se sucederam, pelos arrochos salariais, em todas as categorias profissionais, tendo como conseqüência a queda do nível da qualidade do ensino, porque atingiu principalmente a carreira do(a) professor(a) formador do pensamento da sociedade.

Estudos realizados em diversos países do mundo têm demonstrado que os professores estão sempre sujeitos a um profundo estresse, que abala sua saúde mental continuamente. Hoje, esse estresse já é reconhecido pelos organismos internacionais como "enfermidade profissional", cujos efeitos repercutem na sala de aula. É considerado não um fenômeno isolado, mas um fator de risco dessa profissão. No Brasil, a situação ainda é pior para o(a) professor(a), em razão das péssimas condições de trabalho.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei nº. 9.394, de 20/12/1996, a formação de professores para atuação na educação básica, fundamental e média deverá ser de nível superior, em curso de licenciatura de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação. Mas o decreto nº. 3.554, de 7/8/2000, estabeleceu que "A formação em nível superior de professores para a atuação multidisciplinar, destinada ao magistério na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, far-se-á, preferencialmente, em cursos normais superiores".

Atendidas as formalidades legais, o professor terá jornadas de trabalho de 45 horas semanais, com um acréscimo de 10 a 20% desse tempo aos trabalhos relativos à escola, prestados na sua própria residência. Esse trabalho extra, além de não ser remunerado, tem efeitos nocivos sobre a produtividade e saúde dos educadores. Quanto ao número de alunos é superior a cinqüenta por classe, em todas as escolas públicas do país. O salário varia entre dois a sete salários mínimos, de acordo com a graduação do(a) professor(a). Por esse motivo, alguns professores lecionam para cerca de mil alunos em mais de vinte classes.

Para valorizar o professor, figura fundamental na transmissão de valores, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou, em 1994, o Dia Mundial do Professor, que já é comemorado em mais de cem países no dia 5 de outubro. O Brasil, contudo, manteve sua festa tradicional, que acontece no dia 15.

14 outubro 2014

14/10 - DIA NACIONAL DA PECUÁRIA

A pecuária é a arte e a indústria do tratamento e criação dos rebanhos e exerce um importante papel na economia brasileira. O maior rebanho do Brasil é o de aves, seguido pelo rebanho bovino, mas há também outros importantes: caprinos, ovinos, eqüinos, suínos etc. Esses animais fornecem produtos como leite, queijo, lã, ovos e, sobretudo, carne e couro.

O desenvolvimento da indústria da carne teve início no século XIX, mas solidificou-se no século XX, a partir de conhecimentos genéticos em favor de maior produtividade, com o objetivo de suprir a demanda das populações dos grandes centros urbanos, que surgiram com a Revolução Industrial.

No Brasil, o desenvolvimento industrial da carne é muito recente, mas próspero, visto que os pecuaristas têm se adaptado ao mercado cada vez mais competitivo ao intensificar ao máximo suas atividades produtivas, utilizando material genético adequado, técnicas de cruzamentos e manejo reprodutivo eficientes, bem como tecnologias para produção e fornecimento de alimentos e para outras etapas do manejo otimizadas.

A criação de avestruz, ou estrutiocultura, iniciada no Brasil em 1995, com dois criadouros e menos de cem animais, evoluiu rapidamente, juntamente com a tecnologia de criação dessa ave. Embora seja uma opção pecuária pouco conhecida, oferece perspectiva excelentes para o futuro, em razão da carne saborosa do avestruz e dos produtos advindos de sua pele, como sapatos, cintos e bolsas.

11 outubro 2014

IMAGENS DO MEU RIO GRANDE DO SUL ANTIGO e seus vizinhos

Do autor de “Geoglifos Gaúchos”, o livro “Imagens do meu Rio Grande do Sul antigo e seus vizinhos” volume 1 é uma coletânea de mais de 400 imagens relacionadas à história e à cultura gaúcha. Registros visuais que mostram cenas comuns não só no Rio Grande do Sul, mas também em seus vizinhos Argentina, do Uruguai, Paraguai, Santa Catarina e Paraná. E, como não poderiam faltar, de Canguçu.
Pinturas antigas retratando o sul entre os séculos 18 e 20; mapas antigos do estado e da região; o gaúcho em fotos antigas; costumes, as velhas estâncias e casas de campanha; o gado; as mangueiras; os tropeiros e as charqueadas e frigoríficos antigas. Esses são os temas aos quais o livro mostra em imagens de época e em fotos antigas e recentes, de diversos artistas e fotógrafos. Muitas delas coloridas, e outras em preto e branco.
Já dizia o velho ditado: “Uma imagem vale mais que mil palavras”. Por esse motivo o autor se preocupou em mostrar todas elas com brevíssimas descrições, dando mais espaço às centenas de iconografias presentes na publicação. Tudo isso para tornar a experiência do leitor a mais leve e agradável possível. Garanta o seu na LIVRARIA E PAPELARIA STOFFELS, em Canguçu/RS. Página do livro no Facebook: www.facebook.com/imagensdoRS
O Livro “Imagens do meu Rio Grande do Sul antigo e seus vizinhos” estará disponível em mais de 40 cidades do Rio Grande do Sul e região. 

ECanguçu o livro, de 88 páginas, está a venda na livraria Stoffels, na Rua General Osório, 1436. O Valor é R$ 39,90.

09 outubro 2014

Armando Peres completa 97 anos e recebe homenagens

Completando 97 anos no dia 03 de Outubro de 2014 o tradicionalista Armando E. Peres foi homenageado por diversas entidades na sede social do CTG Sinuelo em almoço realizado no Sábado, dia 04 de Outubro.
Patrão de Honra do CTG Sinuelo o tradicionalista é um dos responsáveis pela criação da entidade que completa 50 anos neste ano, colaborando atualmente nas reformas que a sede da entidade precisou realizar."Seu Armando" é um exemplo de afeição ao tradicionalismo para os mais jovens.
Foto: Dieiçon Ribeiro/Especial

23 setembro 2014

23/09 - INÍCIO DA PRIMAVERA

Os solstícios e os equinócios determinam as estações do ano, que ocorrem de três em três meses.

Solstício é o período em que o Sol se afasta mais do equador. No solstício de inverno, o dia é curto e a noite é longa. No solstício de verão, ocorre o inverso: o dia é longo e a noite é curta. Equinócio é o período em que o Sol se aproxima da linha do equador. No equinócio da primavera, o Sol vai do hemisfério sul para o hemisfério norte. No equinócio do outono, dá-se o oposto: o Sol vai do hemisfério norte para o hemisfério sul. Nessa época, a duração do dia é realmente igual à da noite; por isso adotou-se a palavra latina "equinócio", que significa "igualdade da noite e do dia".

Os povos antigos, como gregos, egípcios, sumérios, babilônios e celtas, agradeciam à "mãe Terra" tudo o que ela lhes oferecia - alimentos, remédios e riquezas - por meio de cerimônias realizadas no início e no final de cada estação, ou seja, nos equinócios e nos solstícios.

Tradicionalmente, a primavera é considerada a mais bela e fértil fase da "mãe Terra", quando todos os seres, plantas e animais acordam de seu repouso (inverno) para iniciarem um novo ciclo de produtividade. Na primavera, desabrocham as flores, as folhas tornam-se mais verdes, a grama cresce exuberante, os pássaros se acasalam e há mais luminosidade e alegria na natureza, bem como no ser humano, que se torna mais otimista.

No hemisfério sul, a primavera se inicia no dia 23 de setembro e termina no dia 21 de dezembro. No hemisfério norte, ocorre no dia 20 de marco e termina em 21 de junho.

10 setembro 2014

10 de setembro - Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Por iniciativa da Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, em parceria com a Organização Mundial de Saúde, foi definido o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

O suicídio é a terceira causa mundial de morte mais comum entre jovens de 15 e 35 anos, sendo contabilizados anualmente cerca de um milhão de suicídios em todo o mundo. A depressão é indicada como o principal fator associado ao risco de suicídio.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui um índice de mortalidade por suicí
dio relativamente baixo (4,5/100.000 habitantes). No entanto, alguns estados apresentam uma taxa bastante superior à média nacional. É o caso do Rio Grande do Sul, cujo índice é calculado em 9,8/100.000 habitantes.

Mesmo considerado um grave problema de saúde pública, estudos da Organização Mundial da Saúde indicam que a situação é negligenciada, ao contrário de outras causas externas de óbito, como acidentes de trânsito e homicídios.

05 setembro 2014

05/09 - DIA DA AMAZÔNIA

A Amazônia é a região natural da América do Sul formada pela bacia do rio Amazonas e recoberta pela maior floresta equatorial do mundo: no sentido norte-sul, mede 2.000 a 2.500 km; no sentido leste-oeste, mede cerca de 3.000 km. A bacia amazônica abrange uma área de 6.915.000 km², dos quais 4.787.000 km² estão no Brasil. Visto ser reserva ecológica, a Amazônia é considerada o "pulmão do mundo", com imensas potencialidades no setor de pecuária, dos recursos minerais e da energia hidrelétrica.

A ocupação irresponsável da região já destruiu 550.000 km² de floresta, em razão do corte e das queimadas, resultando na liberação de 2 a 4% das emissões globais de carbono para a atmosfera, fato que tem contribuído para agravar o efeito estufa.

A transformação da paisagem amazônica está reduzindo as chuvas na região, em decorrência da menor evaporação e da menor absorção de energia solar realizadas pela vegetação. Ao reduzir-se a evaporação, há aumento da drenagem de água pelos rios, fato que provoca enchentes após períodos de chuva. Tais eventos causam impactos pouco conhecidos sobre os recursos pesqueiros.

Os estudos científicos sobre os impactos ambientais efetuados pelas organizações não-governamentais junto com a população amazônica organizada têm ajudado a conhecer mais a floresta e a promover o desenvolvimento sustentável, para que se possa preservar essa imensa e rica região para as futuras gerações.

Na Amazônia está localizado o maior rio do Brasil, o mais caudaloso do mundo e o segundo em extensão, com cerca de duzentos afluentes: o rio Amazonas, que nasce no Peru, no planalto de La Raya. Tem 7.025 km de extensão e chega a atingir 30 km de largura na foz. 

Orellana denominou-o "rio das amazonas", em 1542. Ao descer o rio, foi atacado por uma tribo de índios, que julgou serem mulheres guerreiras, as quais, segundo a mitologia grega, teriam vivido no Ponto (Ásia Menor) e escravizavam os homens. Dedicadas à caça e à guerra, amputavam a mama direita (daí o nome "amazonas", que em grego significa "sem mamas"), para melhor manejar o arco e a flecha.

A Amazônia é a área de maior biodiversidade do mundo, razão pela qual foi invadida e explorada por muitos cientistas estrangeiros.

O Dia da Amazônia serve de alerta permanente para que não só o governo como também os brasileiros protejam e conservem o "pulmão do mundo".

Fonte: Portal Paulinas

02 setembro 2014

Hoje é dia 2 de setembro, terça-feira

-- Trigésima sétima semana do ano. -- De janeiro a hoje passaram 245 dias. Faltam 120 dias para o fim do ano. -- Estação: Inverno. --Lua minguante. -- Signo de Virgem. -- Os aniversariantes de hoje são guiados pelo ANJO NELCHAEL e para pedir sua proteção devem rezar o Versículo 18 do Salmo 30.

Pensamento do dia: O amor é a única forma de transformar um inimigo em amigo. (Martin Luther King)

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL – MENSAGEM DA REITORIA – Esta é a Semana da Pátria, período voltado à reflexão, quando evocamos aspectos fundamentais enquanto nação livre, a fim de conhecê-la profundamente e, em consequência, amá-la. Respeitar. Conviver e defender valores é o que nos torna cidadãos capazes de fazer parte da história nacional. O amor pela Pátria é conhecimento, solidariedade e desejo sincero e atuante de justiça, de ordem e de fraternidade.

COMEMORAÇÕES DO DIA DE HOJE, 2 DE SETEMBRO - Hoje é DIA DO REPÓRTER FOTOGRÁFICO e DO CINEMATOGRAFISTA - DIA DO FLORISTA .- O mundo comemorou, em 1945, o cessar fogo oficial da Segunda Guerra: Em 2 de setembro de 1945, é a ata de rendição incondicional do Japão que decretou o fim da Segunda Guerra. A luta, sem paralelos em extensão e intensidade, tinha envolvido dezenas de países e milhões de soldados foram mortos, países destruídos e a humanidade chocada pelos rastros que essa contenda deixou, cicatrizes inesquecíveis.

O DIA DE HOJE 2 DE SETEMBRO, NA HISTÓRIA UNIVERSAL
1666 – LONDRES – INGLATERRA - Grande incêndio destrói 14.000 casas e 86 igrejas.
1686 - BUDAPESTE – HUNGRIA – É usada pela primeira vez, como arma defensiva, a baioneta (inventada em 1640), iniciativa do Duque de Lorena. Revelou-se excelente meio de combate.
1752 – LONDRES – INGLATERRA - A Grã-Bretanha passou a usar o Calendário Gregoriano, substituindo o Calendário Juliano. Com esta reforma o dia seguinte à Quarta-feira, dia 3, foi Quinta-feira, dia 14 de Setembro. A reforma tinha sido proclamada em 1582 pelo Papa Gregório XIII, mas devido à sua conotação Católica só tardiamente foi aceite pelos países protestantes e ortodoxos.
1792 – PARIS – FRANÇA - Massacres de Setembro, na Revolução Francesa. A chacina de aristocratas, idosos, mulheres e crianças, e de padres, prolongou-se até ao dia 6, e fizeram cerca de 1.200 mortos.
1870 – PARIS – FRANÇA - É proclamada a Terceira República na França, depois da derrota de Napoleão III na guerra contra a Prússia. Durou até 1940, ano em que foi substituída pelo governo do Marechal de França Henri Philippe Pétain, depois que a França foi vencida na II Guerra Mundial.
1945 – ENCOURAÇADO USS MISSOURI – OCEANO PACÍFICO - Militares e representantes do governo japonês assinaram a rendição incondicional do Japão no encouraçado USS Missouri, terminando oficialmente a 2ª guerra mundial, com a declaração de vitória dos aliados, feita pelo Presidente Truman.
Desde o dia 15 de agosto, os japoneses haviam se rendido e a luta em todas as frentes havia cessado
1962 – HAVANA – CUBA - A União Soviética envia armas para Cuba. Quando os mísseis enviados para a ilha foram descobertos, em Outubro seguinte, provocou a Crise dos Mísseis entre os EUA e a URSS.
1986 – AMSTERDÃ – HOLANDA - Três balonistas holandeses completam a travessia do Atlântico norte, no balão Viking Holandês, em 51h14min.
1990 – NOVA IORQUE – ESTADOS UNIDOS -- Entra em vigor a Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989.

O DIA DE HOJE 2 DE SETEMBRO, NA HISTÓRIA DO BRASIL
1960 – SÃO PAULO – Nasce Arnaldo Antunes, compositor, autor de Ou é (poesia,1983) e Psia (1986).
1961 – BRASÍLIA – O governo promulga a Emenda Constitucional nº 4 (Ato Adicional), instituindo o sistema parlamentar de governo. Teve pouca duração e foi derrubado por um plebiscito nacional.
1970 – PASSO REAL – RIO GRANDE DO SUL - Inaugurada a Barragem de Passo do Real, que alimentará quatro hidrelétricas, com capacidade superior a um milhão de quilowatts.
1975 – RIO DE JANEIRO - A rodovia Rio-Santos abre 320 km, do Rio de Janeiro a Ubatuba.
1980 – OURO PRETO – MINAS GERAIS –
A cidade festeja o reconhecimento do seu centro histórico como patrimônio da humanidade reconhecido e tombado pela UNESCO.
1988 – BRASÍLIA - A Assembleia Nacional Constituinte termina a elaboração da Constituição Brasileira, a mesma que está em vigor hoje.

O DIA DE HOJE 2 DE SETEMBRO, NA HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL
1810 -JAGUARÃO - Nasce Joaquim Caetano da Silva, médico, professor, diplomata, cientista, diretor do Arquivo Nacional. Oficial da Ordem da Rosa e Cavaleiro da Ordem de Cristo.
1823 – PORTO ALEGRE - Nasce Manuel Veloso Paranhos Pederneiras, médico, professor, jornalista, deputado provincial, lutou na Guerra do Paraguai. Morreu em 1907 no Rio de Janeiro.
1866 – URUGUAIANA - Nasce Manoel da Costa Leite, militar. Escreveu ‘’Apontamentos históricos sobre o Exército Nacional de Segunda Linha’’. Morreu no Rio de Janeiro em 1959.
1870 – SANTANA DO LIVRAMENTO - Nasce Adalberto Machado dos Santos, professor público, poeta e jornalista. Escreveu o poema histórico REVOLUÇÃO FARROUPILHA, em estilo popular.
1885 - PORTO ALEGRE - Morre o Maestro Joaquim José de Mendanha, autor da música do Hino da República Rio-Grandense, hoje Hino do Estado do Rio Grande do Sul. Soldado aprisionado pelos farrapos, lhe pediram compusesse a música do hino. Tão logo que foi possível, voltou ao Exército Imperial, de acordo com suas convicções pessoais. A música e a letra são admiráveis.
1887 – DOM PEDRITO - Nasce José Cândido de Vargas Freire, engenheiro civil, romancista e poeta.
1911 – CARAZINHO - Nasce Nicolau Mendes, radialista e memorialista.
1925 – SANTA MARIA - Nasce Maria Monteiro Panerai, teatróloga com numerosos trabalhos irradiados em emissoras da capital.
1930 – BAGÉ - Nasce Camilo Aveiro Rocha, jornalista. Escreveu A BARCA DE TÁRSIS, poesia.

SANTO DO DIA DE HOJE, 2 DE SETEMBRO - SANTA DOROTÉIA - Natural da Cesaréia da Capadócia. Sofreu o martírio nas primeiras décadas do cristianismo, durante as perseguições romanas. Santa Doroteia é apresentada com um feixe de margaridas, numa das mãos e na outra, com uma cesta cheia de flores e frutos. É considerada a SANTA DAS FLORES.

O DIA DE HOJE, 2 DE SETEMBRO, NA HISTÓRIA REGIONAL
1912 - TURVO - Inauguração da primeira escola, conseguida através de abaixo assinados.
1913 - CAXIAS DO SUL - Comerciantes querem linha telefônica Caxias a São Sebastião do Caí.
1921 - NOVA MILANO (Farroupilha) - Morre Tommaso Radaelli, chefe de uma das três primeiras famílias chegadas a 20 de maio de 1875. Seu passaporte, em bronze, está na praça da localidade, berço da imigração italiana em nosso Estado.
1927 - CAXIAS DO SUL - Fundada a União Comercial Caxiense, nova entidade representativa comercial, abrindo séria crise na Associação dos Comerciantes, contornada por Adelino Sassi.
1930 - ANTÔNIO PRADO - O Pe. José Ben benze os sinos da matriz, vindos da Savóia, pesando 540, 373 e 308 quilos. Custaram vinte e seis contos e trezentos e noventa mil e quinhentos réis.
1935 - PORTO ALEGRE - O Cônego José Barea, da Arquidiocese de Porto Alegre, é nomeado primeiro Bispo da recém-criada Diocese de Caxias do Sul.
1970 - CAXIAS DO SUL - UCS - Pelo decreto municipal n° 3149, a Universidade de Caxias do Sul é reconhecida como entidade de utilidade pública.