Apesar das aulas já terem iniciado há duas semanas, alguns alunos da região do 5º Distrito de Canguçu não estão conseguindo frequentar as aulas. De acordo com pais e responsáveis, o transporte escolar não está tendo acesso aos pontos de busca dos estudantes devido às condições precárias de pontes e estradas.
Os problemas com o transporte escolar ocorrem desde outubro do ano passado, mas agora se intensificaram. Raquel Westphall, moradora da localidade de Armada, tem uma filha de 12 anos matriculada no 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Luíz da Silva e, segundo ela, o ônibus só foi buscar a criança um dia, desde então a menina está sem ir à aula. A mãe relata estar preocupada com a situação. "Já fui na administração municipal pedir uma solução, mas até agora nada e a escola também não está mandando os conteúdos de forma virtual."
A direção da Emef José Luiz diz ter conhecimento do assunto e que há mais dois alunos na mesma situação. Outro estudante, ainda, só consegue ir para a escola porque os pais o levam até um ponto onde o transporte consegue chegar. Por enquanto, a escola está em período de revisão de conteúdos, mas a diretora Isabel Gonçalves relata preocupação com o aprendizado dos alunos caso o problema não seja resolvido. Ainda segundo ela, o plano é enviar os conteúdos e tarefas através de um grupo no WhatsApp.
Discutido durante a semana na Câmara de Vereadores, o assunto gerou cobranças à Prefeitura. Para o vereador Jardel Oliveira (PSDB), o Poder Executivo precisa dar mais atenção à manutenção das estradas do interior do Município. "As próprias empresas de ônibus têm dificuldades, assim como a população, para os deslocamentos", aponta.
Questionada sobre o problema, a Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura manifestou-se afirmando que já está resolvendo a situação.
Falhas também no abastecimento de água
Outro problema enfrentado por estudantes tem sido o abastecimento de água. Na semana passada, responsáveis de alunos da Emef Gonçalves Dias, no 4º Distrito de Canguçu, receberam aviso de que a escola estava sem água e atenderia somente meio período.
A Secretaria de Educação explicou que a falta de água tem sido um dos grandes desafios da administração municipal, não somente nas escolas, mas para a comunidade em geral. "Para amenizar a situação, foram adquiridas caixas d'água para reservatório e há escolas sendo abastecidas por caminhão-pipa uma vez por semana. Além disso, o Município possui um cronograma fixo de entrega de água em residências e está com inscrições abertas para o Programa Municipal de Reservação de Água", sustenta a pasta, via nota. (Diário Popular - Por Vitória de Góes)
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