Para fomentar a piscicultura na Região Sul a Agência para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim (ALM), da Universidade Federal de Pelotas, a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), reuniram 300 produtores rurais na barragem do Chasqueiro, em Arroio Grande, nesta terça-feira. A barragem abriga o Laboratório de Piscicultura, que possui criação de alevinos das espécies nativas de peixe-rei e jundiá.
Devido à reprodução natural em baixa escala do peixe-rei na Região Sul, a transferência das técnicas estudadas em laboratório, interno e externo, apontam para o desenvolvimento sustentável da criação, já que os produtores podem preservar a espécie e abastecer o mercado local.
O Dia de Campo reuniu produtores que buscam mais uma alternativa de renda e os que já estão na atividade, como Paulo Tuchtenhagen, de Turuçu. O piscicultor quer diversificar o açude com carpa, tilápia e peixe-rei, já que predomina a traíra, mas encontra dificuldade no município de conseguir liberação para construção de mais criatórios. Além deste, estiveram presentes interessados de Arroio Grande, Canguçu, Herval, Pedro Osório, Rio Grande, Pelotas, São Lourenço do Sul e Capão do Leão.
Dentre as seis estações temáticas foram tratados assuntos como as vantagens e desvantagens de cada espécie na região, pelo doutorando em Aquicultura João Xavier (Furg), qualidade da água, pelo doutor Ricardo Robaldo (UFPel), calagem e fertilização, pelo técnico agrícola Jairo Castagnino Dora (Emater), alimentação adequada para espécies, com o doutorando em Zootecnia Cristiano Ferreira (UFPel), possibilidade de doenças e sanidade, com a médica veterinária Bruna Zaffalon (UFPel) e sobre a introdução correta de alevinos e despesca, com o técnico agrícola Edílson Antunes (ALM/UFPel).
Robaldo, um dos organizadores, reforça que esta é a primeira ação da ALM/UFPel com a extensão rural da Emater/RS neste assunto. "Isso possibilita a transferência de tecnologia para os produtores e o incentivo a novos projetos de pesquisa e fomento", declara, resumindo que foram trabalhadas paralelamente orientações sobre a produção em quantidade e qualidade, diversificação de espécies, viabilização do consumo nas famílias rurais, além da alternativa de renda.
Segundo ele, já estão previstos três novos cursos de capacitação sobre Coleta e Introdução de Reprodutores na Piscicultura, Tilápia em Bioflocos e Criação de Peixe-Rei em água doce.
Confira preços praticados na Regional Pelotas esta semana (pago ao produtor):
Jundiá: R$ 1,20 a 2,00/kg
Peixe-rei: R$ 1,20 a 3,20/kg
Traíra: R$ 3,00 a 4,00/kg
Pintado: R$ 1,20 a 3,00/kg
Tainha: R$ 3,20/kg;
Linguado: R$ 5,00/kg
Corvina: R$ 3,00/kg
Bagre: RS 4,00/kg
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