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12 abril 2025

Alzheimer: como a doença prejudica o cérebro e quais os principais sintomas


Se você não tem um familiar com demência, provavelmente conhece alguém que já cuidou de um parente com Alzheimer e sabe que a experiência não é fácil. É a doença neurodegenerativa mais frequente que existe na espécie humana e afeta a memória, o comportamento e outras funções mentais de forma progressiva.

Nos estágios mais avançados, impede a pessoa de exercer suas atividades diárias, reconhecer os outros e se comunicar adequadamente.

A cada quatro segundos uma pessoa é diagnosticada com demência no mundo. O número de novos casos aumenta conforme as pessoas vivem mais. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer afeta cerca de 33% da população com mais de 85 anos.

Mulheres recebem mais esse diagnóstico que os homens, em parte porque elas têm uma expectativa de vida mais alta. Embora não existam dados consolidados no país, estima-se que temos 1,2 milhão de brasileiros com a doença atualmente. Em 2050, a estimativa é que esse número chegue a 4 ou 5 milhões.

História
Em 1906, um psiquiatra alemão chamado Alois Alzheimer publicou o relato de caso de uma paciente saudável que, aos 51 anos, passou a apresentar perda progressiva de memória, alterações de comportamento, desorientação e dificuldade para se comunicar e entender o que os outros queriam dizer. Após a morte da paciente, o médico realizou uma autópsia e descobriu lesões cerebrais características.

A doença que leva o nome do médico virou sinônimo de demência —declínio lento e progressivo das funções cognitivas, ou seja, memória, atenção, linguagem e orientação, e que afeta uma parcela das pessoas ao envelhecer. Mas o Alzheimer não é a única doença capaz de levar à condição, embora estima-se que seja responsável por 60% a 80% dos casos de demência.

As demências não são naturais do envelhecimento. Todo mundo passa a esquecer de coisas a partir de uma certa idade, e pode demorar mais para processar informações. No entanto, muita gente chega aos 90 anos com total lucidez e independência.

O que acontece no cérebro
Nas pessoas com Alzheimer, certas alterações tóxicas fazem com que os neurônios deixem de se comunicar e morram. Para realizar qualquer função regida pelo nosso cérebro, como pensar, falar, aprender, memorizar e planejar, entre centenas de outras, é preciso que as células nervosas —os neurônios — enviem sinais umas para as outras. Essa comunicação se dá por impulsos elétricos e substâncias químicas que atravessam as sinapses, pequenos espaços que existem entre as células.

Os cientistas acreditam que existem dois principais fatores por trás do processo e que envolvem duas proteínas diferentes:

Beta-amiloide: começa a se acumular e, junto com células mortas, forma depósitos entre os neurônios conhecidos como placas senis.
Tau: forma emaranhados neurofibrilares dentro das células nervosas.

Ainda não se sabe claramente o que está por trás desse acúmulo anormal de proteínas. Outras alterações também parecem interferir no processo, como problemas vasculares que impedem o aporte adequado de sangue e nutrientes, como a glicose, para o cérebro, além da existência de um processo inflamatório crônico, uma vez que as células responsáveis pela "faxina" local, como as gliais e os astrócitos, são impedidas de cumprir sua função.

Primeiros sintomas
O cérebro encolhe, literalmente, em algumas áreas. A perda de neurônios, a terceira principal característica do Alzheimer, além do acúmulo de beta-amiloide e de tau, é o que provoca isso. A primeira região afetada é o hipocampo, responsável pela memória e o aprendizado. Nossas lembranças mais importantes são consolidadas em outra parte do cérebro, e não são implicadas tão cedo. Mas a formação de novas memórias é comprometida.

Pequenos esquecimentos e falta de concentração costumam ser os primeiros sintomas para a maior parte das pessoas. Dificuldades para resolver problemas ou atividades antes apreciadas também podem se destacar no início, e podem ser interpretadas como ansiedade, desinteresse ou depressão.

10 sinais de alerta
  • Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho
  • Dificuldade para realizar tarefas habituais
  • Dificuldade para se comunicar (as palavras às vezes "fogem")
  • Desorientação no tempo e no espaço
  • Diminuição da capacidade de juízo e de crítica
  • Dificuldade de raciocínio
  • Colocar coisas no lugar errado, muito frequentemente
  • Alterações frequentes do humor e do comportamento
  • Mudanças na personalidade
  • Perda de iniciativa para fazer as coisas
  • Evolução
  • Com o passar do tempo, os depósitos se espalham para mais partes do cérebro. Linguagem, orientação espacial, pensamento lógico e regulação das emoções, entre outras funções mentais são afetadas.
Na fase mais avançada, há prejuízos motores. A pessoa tem dificuldade para ficar de pé, caminhar, engolir, controlar o esfíncter etc., tornando-se totalmente dependente.

O Alzheimer em si não mata, mas suas complicações podem ser fatais. É o caso da pneumonia.

Dos primeiros prejuízos à memória até a fase avançada podem se passar 10 ou 15 anos.

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