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01 abril 2024

Demora no restabelecimento de energia elétrica em zona rural gera protestos em Arroio Grande

A falta de luz, principalmente na zona rural de diversos municípios do sul do Estado segue sendo motivo de protestos de clientes da CEEE Equatorial. A interrupção do fornecimento já dura mais de 10 dias em alguns casos, ou seja, desde o temporal de 21 de março de 2024.


Nos últimos dias ocorreram protestos em várias cidades da região como Rio Grande, Pelotas e Piratini, por exemplo onde a BR 392 chegou a ser interrompida no último sábado. Nesta segunda-feira, o protesto foi dentro da agência da CEEE Equatorial na cidade de Arroio Grande/RS, onde segundo os organizadores da iniciativa em torno de 300 famílias permaneciam sem luz.

“Alguns, outros estão somente em uma fase”, destaca o presidente da Federação dos Assalariados Rurais do Rio Grande do Sul (FETARS), Júlio César Larrosa. Produtores de leite da zona rural chegaram a derramar o produto estragado, pela falta de luz, na entrada da agência.

Entre as cerca de 50 pessoas que participaram do protesto estava a produtora de leite Patrícia Freitas Escoto. Ela mora na estrada da Figueirinha. “Estamos sem luz praticamente desde o dia 19, quando faltou às 7h e voltou ás 16h, mas na manhã do dia 20 faltou de novo e até hoje não voltou”, relata. Ela confirmou que quando ocorria temporais ficava no máximo três dias sem luz. “O problema é na estrada, onde um poste caiu. Eles foram levantaram o poste e deixaram um fio caído. É muita incompetência. Eu liguei para Equatorial, tenho o número de protocolo, contatei a ANAEEL. Nem internet eu tenho, pois sem luz tudo é limitado”, lamenta.

A produtora diz que acorda de manhã, tira leite das vacas e joga fora, pois não tem como conservar o produto. “Não tenho condição de ter um gerador em casa. Depois que passei na estrada no sábado e vi que o fio segue caído tive a certeza que precisamos fazer algo. A CEEE Equatorial tenho a certeza que não vai me ressarcir. Eu, meu marido e minha filha estamos vivendo de economias, que um dia vão acabar senão resolverem o problema da luz”, relata. Foi solicitado um posicionamento da CEEE Equatorial, mas a empresa não se manifestou até o encerramento da matéria. (CORREIO DO POVO).

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