Os 1400 trabalhadores do grupo Santa Casa de Rio Grande estão com os salários atrasados desde agosto deste ano, lamenta o presidente do Sindisaúde Rio Grande e região Paulo Roberto de Melo Rosa. A situação está caótica, assegura, “fazendo com que alguns funcionários estejam pagando para trabalhar, porque pedem dinheiro emprestado ou tiram do bolso para pagar até o transporte, uma vez que o vale transporte nem sempre tem os créditos debitados”. A Santa Casa abrange o Hospital de Cardiologia, o Psiquiátrico e o Pedro Bertoni, além do Cemitério e Capelas, que no momento estão arrendados. E não há perspectiva positiva, para que até o final do ano os atrasos sejam pagos e que o 13º seja disponibilizado.
Em contato com a administração, diz Paulo Roberto de Melo Rosa a resposta é sempre a mesma, “não há dinheiro em caixa porque o governo do estado não fez os repasses devidos e a conseqüência disso, é que os trabalhadores seguem carregando o hospital nas costas”.
Estamos muito preocupados com o descaso com que os governos vem tratando a saúde, ressalta Paulo Rosa, “hoje, nem mesmo as férias são pagas, tanto de quem saiu em férias, quanto de quem está entrando e as rescisões são parceladas e os próprios administradores já avisam que poderão ser atrasadas”.
A população não percebe que está morrendo junto com a gente, diz Paulo Rosa, porque nós estamos ficando sem casa, sem comida, sem luz, emocionalmente perturbados para trabalhar. E, a sociedade está ficando sem atendimento, há noites em que o médico de plantão manda os pacientes procurarem os postos de saúde do município, só atendendo urgência e emergência.
Na época da intervenção da Prefeitura, prossegue o presidente do sindicato, pelo menos os salários eram pagos, porque a administração se empenhava para garantir o pagamento. Hoje, o empurra-empurra é grande, finaliza.(Feessers)
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