Por aclamação, PMDB desembarca do governo Federal
Por aclamação, representantes do PMDB decidiram “desembarcar” do governo Dilma Rousseff nesta terça- feira após reunião do Diretório Nacional do partido em Brasília. A decisão preocupava dirigentes, que cogitavam rachar ainda mais a sigla. Porém, a possibilidade do impeachment da presidente e, consequentemente, do vice-presidente, Michel Temer, assumir o cargo, seduziu a maioria.
Dono das maiores bancadas no Congresso Nacional (68 deputados e 18 senadores), o PMDB poderá definir o futuro de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Aliado desde o primeiro governo Lula, o partido foi fundamental na aprovação de muitos dos projetos propostos pelo PT. Mas, com a crise política e os escândalos que marcaram o governo Dilma, a decisão foi pelo rompimento.
Com a definição, o partido entregará os sete ministérios e os cerca de 600 cargos no primeiro escalão do governo federal. Na segunda-feira, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, se antecipou a decisão do diretório nacional e pediu exoneração. Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia), Mauro Lopes (Secretaria de Aviação Civil), Kátia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Secretaria de Portos) terão até o dia 12 de abril para deixar os cargos.
Temer, que é presidente nacional do partido e um dos principais articuladores do “desembarque”, preferiu não comandar a reunião do diretório para se preservar. O objetivo é não passar a imagem de que comandou o processo de rompimento. (Correio do Povo)
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