Foi
com o público em pé e em coro de mais de 700 vozes para entoar Carinhoso, de Pixinguinha, que encerrou
o primeiro concerto da Sociedade Pelotense Música Pela Música (SPMM) pelo
projeto Trilha Filarmônica, rota 2012, em Canguçu na noite do último domingo.
Agora as atenções voltam-se às tratativas com as cidades de Pelotas, Piratini,
Arroio Grande e São José do Norte, prováveis paradas da locomotiva, que segue
seu roteiro pela Zona Sul.
Entre
os pontos altos da noite, destaque para a interpretação da soprano Elisa
Machado, na ária Sempre Libera, da
ópera La Traviata, de Verdi. O barítono da capital, Francis Padilha, e o tenor pelotense, Igor
Schäfer, voltaram a arrancar aplausos acalorados, ao apresentarem o dueto dos Vinte escudos, da ópera O elixir do amor, de Donizetti. Um
momento de descontração à plateia, que teve a oportunidade de acompanhar mais
de 120 artistas no palco, entre coro, orquestra filarmônica e solistas
convidados. “É muito bom para cidade um momento como esse, que privilegia a
cultura”, enfatiza o morador, autor do hino de Canguçu, Carlos Eugênio
Meirelles, 74. Um espetáculo esperado
pela comunidade.
Desde o ano
passado, a comissão organizadora da 7ª
Feira do Comércio, Indústria e Serviços de Canguçu (Fecican) negociava com a
SPMM a possibilidade de trazer o Trilha Filarmônica ao município. Um desejo
conquistado. “Um espetáculo dessa dimensão, com certeza, ficará como algo
inesquecível na história da nossa feira”, resume a presidente da Associação do
Comércio, Indústria e Serviços de Canguçu (Acican), Neida Nornberg Goetzke.
À tarde, antes do concerto, a hora foi de integração e
aprendizado. Cerca de 25 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmãos
Andradas participaram do Encontros com a Música; a grande novidade do projeto
na edição 2012. É uma oportunidade de saber um pouco mais sobre a história dos
instrumentos, perguntar curiosidades sobre a formação de uma orquestra,
encontrar pontos em comum entre o erudito e o popular e até arriscar algumas
notas. Uma atividade que se repetirá em todas as outras cidades onde o Trilha
Filarmônica passar neste ano, sempre com o quarteto Gil Soares (flauta), Délia
Louzada (piano), Hassan Jalil (clarinete) e Renan Leme (violino).
“Eu
achei ótimo. Aprendi bastante”, diz o adolescente Tarso Hippolito, 13. A
adoração por instrumentos já virou inclusive maquete, uma viola em miniatura. À
noite, o estudante retornou à Fecican para conferir a teoria na prática e
assistir ao contrabaixo, que tem vontade de aprender, em execução. “Valeu a
pena”.
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