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05 maio 2012

Público vibra com a Música Pela Música em Canguçu


Foi com o público em pé e em coro de mais de 700 vozes para entoar Carinhoso, de Pixinguinha, que encerrou o primeiro concerto da Sociedade Pelotense Música Pela Música (SPMM) pelo projeto Trilha Filarmônica, rota 2012, em Canguçu na noite do último domingo. Agora as atenções voltam-se às tratativas com as cidades de Pelotas, Piratini, Arroio Grande e São José do Norte, prováveis paradas da locomotiva, que segue seu roteiro pela Zona Sul.
Entre os pontos altos da noite, destaque para a interpretação da soprano Elisa Machado, na ária Sempre Libera, da ópera La Traviata, de Verdi. O barítono da capital, Francis Padilha, e o tenor pelotense, Igor Schäfer, voltaram a arrancar aplausos acalorados, ao apresentarem o dueto dos Vinte escudos, da ópera O elixir do amor, de Donizetti. Um momento de descontração à plateia, que teve a oportunidade de acompanhar mais de 120 artistas no palco, entre coro, orquestra filarmônica e solistas convidados. “É muito bom para cidade um momento como esse, que privilegia a cultura”, enfatiza o morador, autor do hino de Canguçu, Carlos Eugênio Meirelles, 74.  Um espetáculo esperado pela comunidade.
Desde o ano passado, a comissão organizadora da 7ª Feira do Comércio, Indústria e Serviços de Canguçu (Fecican) negociava com a SPMM a possibilidade de trazer o Trilha Filarmônica ao município. Um desejo conquistado. “Um espetáculo dessa dimensão, com certeza, ficará como algo inesquecível na história da nossa feira”, resume a presidente da Associação do Comércio, Indústria e Serviços de Canguçu (Acican), Neida Nornberg Goetzke.
À tarde, antes do concerto, a hora foi de integração e aprendizado. Cerca de 25 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmãos Andradas participaram do Encontros com a Música; a grande novidade do projeto na edição 2012. É uma oportunidade de saber um pouco mais sobre a história dos instrumentos, perguntar curiosidades sobre a formação de uma orquestra, encontrar pontos em comum entre o erudito e o popular e até arriscar algumas notas. Uma atividade que se repetirá em todas as outras cidades onde o Trilha Filarmônica passar neste ano, sempre com o quarteto Gil Soares (flauta), Délia Louzada (piano), Hassan Jalil (clarinete) e Renan Leme (violino).
“Eu achei ótimo. Aprendi bastante”, diz o adolescente Tarso Hippolito, 13. A adoração por instrumentos já virou inclusive maquete, uma viola em miniatura. À noite, o estudante retornou à Fecican para conferir a teoria na prática e assistir ao contrabaixo, que tem vontade de aprender, em execução. “Valeu a pena”.



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