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30 dezembro 2011

Baixo volume de chuvas preocupa produtores no Estado

Segundo o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, as chuvas que ocorreram nos últimos dias em boa parte do Rio Grande do Sul, que em algumas áreas foram fortes e volumosas, e em outras, de pequeno volume, além das áreas onde não ocorreram, apenas amenizaram os problemas de deficiência hídrica. Mas, de maneira geral o quadro que configura a estiagem se mantêm. Essa situação está comprometendo lavouras, pastagens e produção de alguns hortigranjeiros.

Para o feijão, a semana que passou foi semelhante a anterior. As precipitações na maioria das áreas de produção foram ocasionais e de baixo volume, com exceções pontuais. Essas precipitações amenizaram o déficit hídrico em algumas áreas e, em outras, não alteraram esse quadro, apresentando perdas e mantendo preocupação entre os agricultores. Grande parte da cultura no Estado ainda se encontra em fases de muita necessidade de água (41%), e esta deficiência vem ocasionando reduções de desenvolvimento e de potencial produtivo em algumas áreas.

O milho implantado no cedo ainda apresenta bom desenvolvimento, mas começa a apresentar deficiências pela baixa umidade do solo. Algumas áreas começam a ser colhidas para grão seco. As lavouras implantadas a partir de setembro são as que apresentam maiores problemas e já há alguma perda, em decorrência da estiagem, que mesmo com as chuvas da semana, são irremediáveis. Essa falta de umidade está causando o secamento das folhas, deficiência na polinização, redução do tamanho das espigas, falhas na granação e grãos de tamanho reduzido.

A deficiência de umidade do solo e do ar também estão influenciando na cultura da soja, dificultando e atrasando o seu desenvolvimento e a realização de alguns tratos culturais, como o controle de invasoras. Algumas lavouras apresentam plantas com baixa estatura e pequena área folhar. Em razão de a lavoura estar ainda em implantação e início de desenvolvimento, essa situação poderá se alterar com o retorno normal das precipitações nas áreas de produção. Os negócios realizados com a oleaginosa estão levemente aquecidos, subindo a cotação da saca de 60 kg para R$ 41,83, aumento semanal de 1,90%.

A safra da batata se encontra em fase de colheita na região Sul. Estima-se que já tenha sido colhido 60% da área plantada no município de Cristal. A produtividade está em torno de 12 toneladas por hectare. As principais variedades cultivadas na região são: Asterix, Baronesa, Macaca, BRS Ana (variedades rosadas) e Ágata (variedade branca). O preço pago ao produtor de Cristal está em R$ 20,00 a saca de 60 kg, apresentando uma queda na comercialização nos últimos quinze dias.

A variedade de pêssego Chimarrita, mais cultivada na Serra, e por ser de ciclo precoce, teve boas produções e frutas de qualidade razoável. Os problemas se agravam nas de ciclo mais tardio, como a Della Nona, Chiripá e Eragil. Nestas, há paralisação do crescimento, murchamento e pouca coloração dos frutos. Em casos mais sérios, apresentam queda da frutificação e plantas debilitadas. Muitos pomares implantados no inverno estão com necessidade de suplementação de água para salvamento das mudas. Em Pelotas, Zona Sul do Estado, as baixas precipitações de chuvas também afetam a cultura, determinando pêssegos com menor calibre e peso. Em contra partida, destaca-se a boa qualidade desses frutos, considerando principalmente a sanidade e à quase inexistência de ataque de pragas, principalmente da mosca das frutas.

As condições nutricionais do rebanho estão caindo devido a estiagem, o campo nativo e as pastagens cultivadas estão com pouco desenvolvimento e baixa qualidade. Por outro lado, devido a baixa umidade e temperaturas amenas, fatores ambientais que não favorecem a disseminação de ecto e endo parasitas, as condições sanitárias dos animais são boas. Na maioria das regiões produtoras do Estado, houve aumento da oferta de gado gordo para o abate, fato que reduziu ainda mais o preço pago pelo boi e pela vaca. Os preços mínimos e máximos registrados na região Sul no período foram: Boi gordo: R$ 2,60 a R$ 3,50/kg vivo, com 30 dias de prazo. Vaca gorda: R$ 2,50 a R$ 2,90/kg vivo, com 30 dias de prazo. Terneiro vivo: 3,50/kg.

Os produtores de leite estão utilizando mais alimentos volumosos processado (silagem, feno e rações). No entanto, o fornecimento destes alimentos, aumentam os custos de produção do leite, reduzindo a rentabilidade da atividade. No período, os preços por litro de leite recebidos pelos agricultores na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, variaram de R$ 0,58 a R$ 0,92/litro. Na de Ijuí, as forrageiras anuais já apresentam redução na produtividade pela falta de chuvas regulares, inclusive as pastagens perenes que ainda estavam normais, e as perdas médias variam entre 20% a 30%. Já a redução na produção de leite, também no Vale do Taquari. Em função da estiagem, é avaliada entre 25% e 30% e, somente não é maior devido ao uso de rações ou silagem estocadas nas propriedades.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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