Programas televisivos apresentaram um polêmico projeto de alguns deputados mexicanos que propõe que o casamento tenha prazo determinado, mínimo de dois anos. O casal pode renovar, do contrário a separação é automática. Algo do tipo estágio probatório.
Ora, a função de estágio probatório cabe ao namoro e noivado, que é o tempo de maturidade da relação. Atualmente há uma inversão de valores: os relacionamentos começam como casamento e terminam como namoro, e em tantos casos como amigos. Nesta insegurança, os planos do casal, ficam apenas no meu e no seu – esquecem o nosso. Seria este o motivo de tantas separações?
Enquanto isso a Revista Época sob o título “o seu, o meu e o nosso”, tratou da importância de casais planejarem juntos a curto, médio e longo prazo. Esse plano revela uma ótima maneira de reduzirem as tensões e tornarem o futuro mais seguro, também pelas finanças. Numa pesquisa da Universidade de Utah concluiu-se que, depois de três anos de união, a possibilidade de divórcio é 70% maior entre os casais sem nenhum investimento.
Sem nenhum plano e sonho em longo prazo, sem “o nosso” casais perdem o foco.
Casamento sempre é um projeto! Antes de ser exclusivo entre duas pessoas, é plano do Autor da vida, dele nasce uma família, unida ou fragmentada; ele é o berço no qual a sociedade nasce e é nutrida; Pelo casamento Deus preserva as pessoas, permite a continuidade da raça, combate a solidão e incentiva o companheirismo e a vivência de seu amor revelado. A benção de Deus não tem prazo de validade! Ela inicia aqui e se estende até a eternidade. A exceção para tantas separações está na “dureza do coração”, conforme Jesus em Mateus 19.8.
Pela dureza de nosso coração, responsável por todo tipo de infidelidade (Provérbio 2.17), os votos do casamento são quebrados e perdem a validade num dia – dois anos é demais - e aqui está o segredo diário: reconquistá-lo, e para isso é necessário muito amor, conversa, humildade e perdão. Eu, meu cônjuge e Deus no mesmo projeto, podemos reviver a instituição que para muitos já morreu; Afinal “uma corda de três cordões é difícil de arrebentar” (Eclesiastes 4.12b). Como no Casamento de Caná (João 2), que Jesus tenha lugar no seu casamento, não apenas na festa, mas na benção e presença diária, na certeza de que Ele pode fazer milagres e eternizar seu amor.
Pastor Márlon Hüther Antunes
Um comentário:
Onde fica a vergonha e a fé? Estão distorcendo os valores.
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